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Luiza Porto
Apr 5, 2023

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Sinto a rigidez no pescoço, o peso de agora, o meu arrastar sobre a vida, sinto falta da chuva, e das tardes em casa, do cheirinho de café do meu pai e da sua voz cantando qualquer música que ele tanto ama, sinto saudades da mamãe me mostrando as frutas e as árvores do quintal, saudade da nossa vida simples.

Sei que estou falhando, como um fio desencapado, e sinto tanto e escancaradamente, silencio, mas não preciso esconder.

Sigo, buscando significado, e aceitando os fatos. Adormecendo a qualquer cansaço.

Nunca sei o que esperar.

Em quem confiar

Me agarro no que ainda tenho

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